Nesta obra, o poeta, editor e artista-etc. bagadefente compila, expande e encerra sua “tetralogia etílico-poética”, reunindo as publicações artesanais enquanto você toma rumo eu tomo rum (2015), cointreau+alt+del (2015) e PINGALOVE (2016), acrescidos de Birinaits (2017), um conjunto de poemas até então inéditos em livro. Produzido com apoio da Lei Aldir Blanc, o volume funciona como uma espécie de garrafa ao mar lançada por alguém que não apenas bebe, mas se embriaga de linguagem.
Ao reler os próprios versos, o autor se deparou com um fio condutor inesperado: a solidão. Términos abruptos, noites atravessadas, copos meio vazios e encontros que se esfacelam — com leveza e acidez, tudo isso aparece aqui em poemas ora longos, ora curtos; às vezes confessionais, noutras debochados, mas sempre permeados por uma sensibilidade crua e contemporânea.
No prefácio, Sérgio Santa Rosa descreve o autor como um “sagaz e romântico corsário do asfalto”, capaz de “chorar as pitangas diante dos desencontros” e lançar ao leitor “achados poéticos com sabor pop fora da lei”. Já o editor Alex Zani vê no livro o encerramento de um ciclo no percurso literário de bagadefente — um brinde agridoce à juventude, à ressaca e ao amor que (ainda) não passou.
